22 de fevereiro de 2012



“ Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;  visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” (Romanos 1:16-17 RA)

É fato que não só Paulo, mas todos os cristãos de Roma estavam sendo pressionados a não falarem do evangelho como uma ação de Deus na salvação dos homens. Na verdade o que os opositores queriam era calar a Igreja e impedi-la de anunciar Jesus.
Paulo rejeita a proposta, posiciona-se contra qualquer possibilidade de ficar calado e exorta os cristãos de Roma a fazerem o mesmo.
O que Paulo diz em sua exortação é: Envergonhar-se do evangelho é ter vergonha do poder de Deus.  É ficar intimidado diante da ação de Deus em mudar a vida de um viciado por exemplo. É ficar intimidado em ver Deus salvando homens totalmente perdidos. Enfim, é ficar intimidado com Deus dando vida a homens completamente mortos em seus delitos e pecados.
Envergonhar-se do evangelho é também ter vergonha da justiça de Deus. É se intimidar em ver Deus condenando o pecado e tornando justo o pecador que crê em Cristo e o recebe como seu salvador. É se intimidar diante da verdade de que Deus imputou nos crentes a completa justiça de Cristo para que por ela  eles pudessem viver.
Paulo então desafia a Igreja em Roma e a nós a não ficarmos com vergonha daquilo que de fato o evangelho é, pelo contrário, ousemos anunciá-lo como a soberana ação de Deus em resgatar homens daquilo que deveria ser o seu destino final, a morte.
Não devemos nos envergonhar de notícias de salvação tão maravilhosas e tão grandiosas. Portanto, ousemos testemunhar de tudo que o evangelho fez em nossas vidas, das mudanças, das novas perspectivas, da esperança alcançada, da paz recebida, da alegria vivida e por fim da certeza de vida eterna.
Finalmente Paulo também nos lembra que por termos recebido a salvação por meio do poder de Deus e possuirmos a justiça de Cristo, devemos ser modelos de vida de fé aos demais: "O justo viverá por fé".
Devemos concluir que não podemos nos intimidar diante de qualquer que seja a oposição a esse evangelho que revela tão claramente a ação de Deus em nossa salvação.

Abimael Roma - pastor da Comunidade Aliança Taguatinga (CAT)













12 de janeiro de 2012


 

Por Que Devemos Ser Explicitamente Teológicos

 

Kevin DeYoung

Kevin DeYoung é o pastor da University Reformed Church em East Lasing, MI, EUA. Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado pelo Gordon-Conwell Theological Seminary. É autor de diversos livros, preletor em conferências teológicas e pastorais, é cooperador do ministério "The Gospel Coalition" e mantém um Blog na internet "DeYoung, restless and reformed". Kevin é casado com Trisha com quem tem 4 filhos.

Se não me engano, nossa igreja tem uma reputação de ser bastante teológica. Sei que por isso muitas pessoas têm vindo à nossa igreja. E imagino por que algumas pessoas têm saído dela, ou nem sequer nos procuraram. Mas nenhuma igreja deveria se desculpar por falar e gostar de teologia. Contudo – isto é uma importante advertência – se somos arrogantes com a nossa teologia, se a nossa paixão doutrinária é simplesmente um objetivo intelectual eticamente duvidoso, ou se somos completamente desproporcionais em nossos afetos para com outras doutrinas não tão consideráveis, então que o Senhor nos repreenda. Não devemos ficar surpresos se a teologia receber uma péssima classificação em tais circunstâncias.
Mas quando se trata de pensar, alegrar-se e edificar uma igreja sobre fundamentos bíblicos saudáveis, deveríamos todos desejar uma igreja profundamente teológica. Eu poderia citar muitos motivos para pregar teologicamente e muitos motivos para pastorear uma congregação que ama teologia. Vou citar seis:
  1. Deus se nos revelou na sua palavra e nos deu o seu Espírito para que pudéssemos compreender a verdade. Obviamente, não precisamos dominar todos os temas das Escrituras para sermos cristãos. Deus é gracioso para salvar muitos de nós com falhas de discernimento. Mas se temos uma Bíblia, sem mencionar os empecilhos materiais quando se trata de recursos impressos, por que não gostaríamos de entender o máximo possível da auto-revelação de Deus? Teologia é saber mais de Deus. Você não gostaria que sua igreja conhecesse mais de Deus?
  2. O Novo Testamento dá muito valor ao discernimento entre a verdade e o erro. Há um depósito de verdade que deve ser resguardado. Falsos ensinamentos devem ser lançados fora. Os bons ensinamentos devem ser promovidos e defendidos. Isso não acontece com alguns candidatos a Ph.D. insensíveis que se consomem diante de microfichas. Foi a paixão dos Apóstolos e do próprio Senhor Jesus que elogiou a igreja em Éfeso por ser intolerante com os falsos mestres e que odiava o comportamento dos Nicolaitas.
  3. Os mandamentos morais do Novo Testamento são fundamentados em proposições teológicas. Tantas epístolas de Paulo têm uma estrutura dupla. Os capítulos iniciais apresentam doutrina e os capítulos posteriores nos exortam à obediência. Doutrina e vida estão sempre conectadas na Bíblia. É por causa das misericórdias de Deus, à vista de todas as realidades sólidas teológicas em Romanos 1-11, que somos convocados a entregar nossas vidas como sacrifícios vivos em Romanos 12. Conheça a doutrina, conheça a vida. Nenhuma doutrina, nenhuma vida.
  4. Categorias teológicas nos capacitam mais e nos fazem regozijar mais profundamente na glória de Deus. Verdades simples são maravilhosas. É bom cantar hinos simples como "Deus é bom. Sempre!" Se você cantar isso com fé sincera, o Senhor se agrada. Mas ele também se agrada quando podemos cantar e orar sobre exatamente como ele tem sido bom conosco no plano da salvação e no alcance da história da salvação. Ele se agrada quando nos gloriamos na obra completa de Cristo, quando descansamos em sua providência todo-abrangente, e nos maravilhamos na sua infinitude e auto-existência; quando podemos nos deleitar em sua santidade e meditar na sua Trindade e Unidade e nos maravilhar com sua onisciência e onipotência. Estas categorias teológicas não têm a intenção de nos encher a cabeça, mas nos dar corações maiores que adoram com mais profundidade e sermos mais altos porque pudemos ver melhor o que há em Deus.
  5. A teologia nos ajuda e nos ensina a nos regozijar mais profundamente nas bênçãos que são nossas em Cristo. Repito, é doce saber que Jesus nos salva dos nossos pecados. Não há notícia melhor do que essa no mundo. Mas como seu deleite será mais completo e mais profundo se você compreender que a salvação significa eleição pela graça de Deus, expiação para cobrir seus pecados, propiciação para desviar a ira divina, redenção para comprá-lo para Deus, justificação diante do trono do julgamento de Deus, adoção na família de Deus, santificação constante pelo Espírito, e glorificação prometida no fim dos tempos. Se Deus nos deu tantas e tão variadas bênçãos multiplicadas em Cristo, não lhe ajudaria a honrá-lo compreendendo quais são elas?
  6. Até mesmo (ou seria especialmente) os que não são cristãos precisam de boa teologia. Eles não se entusiasmam quando ouvem uma pregaçãoordo salutis seca. Mas quem deseja pregações secas seja sobre lá o que for? Se você pode falar de maneira simpática, apaixonada, e simplesmente sobre as bênçãos da vocação verdadeira, da regeneração e da adoção, e sobre como todas essas bênçãos que se encontram em Cristo, e sobre como a vida cristã é nada mais nem menos do que aquilo que somos em Cristo, e como isto significa que Deus realmente deseja que sejamos sinceros, quando nascidos de novo e não como éramos nascidos no pecado – se você der tudo isso aos que anão são cristãos, e o der explicitamente, você lhes dará uma porção de teologia. E, se o Espírito de Deus estiver operando, eles poderão simplesmente voltar para buscar mais.
Não existem motivos para qualquer igreja ser algo menos do que robustamente teológica. As igrejas continuarão sendo de todos os formatos e tamanhos. Mas "sem teologia", ou pior, "anti-teológicas" elas não deveriam ser.
Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin

Copyright © Kevin DeYoung 2011
Copyright © Editora Fiel 2011

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

10 de outubro de 2011


Restitui-me, Senhor!

Ouvi uma música cristã hoje de um CD que comprei.
Fala de restituição. Bonita melodia. Mas fiquei pensando: restituir o quê? O que posso pedir que me é de direito? O que posso ter perdido e que não era para ser?
Pensei bem - eu fui servo de mim mesmo, das minhas paixões, de uma consciência sujeita aos apetites meramente animais... e agora fui feito servo de Cristo. 
E, uma vez servo, escravo,... pergunto: um escravo tem direito? Então... restituir o quê?
Mas não parei ai.
Lendo as Escrituras, acabo por descobrir que Deus, por Ele mesmo e Sua graça nos leva sempre, de graça em graça ao crescimento. Com a ajuda de cada membro, de cada junta e ligadura, com o exercício dos dons e das experiências... cresço até que um dia, alcance a estatura do Varão Perfeito. 
Ora, nesse processo, perdemos coisas, vemos coisas abaláveis sendo abaladas e caírem ao chão. E a pergunta vem: O que vou pedir pra que Deus me restitua?
Será que o assombrado Jó, pediria em sã consciência, depois de, passar o que passou e, segundo ele próprio ver com os olhos, Aquele de quem só ouvira falar? Acho que nem os bens e possessões que perdera - com a permissão de Deus e para um propósito que é sempre bom, perfeito e agradável - fariam-no desejar voltar a um patamar abaixo, a uma condição anterior à tal revelação. 
Se Deus nos faz andar em novidade de vida, a experimentar o novo - o novo que não vem de fora, mas de dentro, uma nova visão Dele, da Sua graça, da vida, das circunstâncias, do que é eterno, uma nova mente, uma nova consciência formada segundo o Evangelho, pergunto: Restituir-nos o quê?
Ora, de capa a capa, do Antigo ao Novo Testamento, lemos o apelo "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas, porque estou fazendo coisa nova", ou coisas do tipo: "Quem lança mão do arado e olha pra trás não é digno de Mim", ou como Paulo afirmava: "Uma coisa faço - esquecendo-me das coisas que para trás ficam prossigo pra frente", o que pode ser esse pedido "Restitui-me"?
Francamente, tudo o que mais tenho pedido é que Deus me faça acontecer o novo e não reviver o que é velho. Custe o que custar, doa o que doer, quero o novo de Deus.
E, se é pra pedir restituição, pergunto: "Será que podem restituir-me o dinheiro que gastei no CD?" 

UBERLÂNDIA - MG, BRAZIL - http://www.rubinhopirola.com


14 de setembro de 2011


Por mais difícil que seja, não desista...


Por mais difícil que seja, lembre-se que...
Há sempre um José cheio de integridade, ainda que a maioria não pense duas vezes antes de vender o irmão aos ismaelitas.
Há sempre um Daniel com vida de oração, mesmo em ambientes milimetricamente marcados pela estratégia dos invejosos.
Há sempre um Moisés que, ouvindo a Deus, prefere deixar as mordomias próprias de príncipe para viver num deserto escaldante - mas debaixo da direção do Senhor.
Há sempre um Davi cheio de bondade e coragem, para cada Saul que se levanta consumido de despeito e ódio.
Há sempre uma palavra de esperança: “Nem eu tampouco te condeno, vai e não peques mais”, pra cada multidão pronta para apedrejar.
Há sempre um lugar à sombra do Altíssimo (Salmo 91:1) para todo aquele que, servindo a Jesus, foi expulso de seu próprio espaço.
Por isso, não desista; vá em frente, continue servindo ao Senhor. Ele mesmo providenciará que José esteja ao seu lado. O Todo Poderoso levantará não um, mas vários amigos como Daniel, pra sustentar você em oração. Ele colocará ao seu lado um Davi, cuja vida será sempre marcada pelo equilíbrio entre a bondade e a coragem.
Sim, Ele faz isso.
Ainda hoje.
Por: Samuel Costa

7 de setembro de 2011

Justiça. A sua ou a de Cristo? 
Reconsiderando Valores



Você costuma se avaliar? Que nota você tem se dado em sua própria avaliação? O que você diria se alguém lhe perguntasse: você é bom? Qual sua avaliação a tudo que você tem feito, tem sido e tem conquistado? Do que você se arrepende? Quais coisas você teria coragem de abrir mão? Veja como Paulo responde a estas e outras questões.

“ Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais:  circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu,  quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.  Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.  Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3:4-8 RA)

A resposta de Paulo é forte e à primeira vista, radical, todavia coerente com a postura adotada por ele como prática de vida.
As cartas de Paulo têm como alvo responder determinadas questões que envolvem a igreja. Como a igreja era composta, na sua maioria de judeus convertidos, havia aqueles que se levantavam e não só adotavam como exigiam a circuncisão dos gentios. A circuncisão era um rito carnal que diferenciava o judeu do gentio. Entenderam? Era uma ação e um estado que fazia com que o judeu se gloriasse por fazer parte de um grupo separado para Deus.
É contra esse sentimento e posicionamento que Paulo se colocou e avaliou que suas ações em nada os tornavam especiais, visto serem obras da carne.
Pensando assim o texto nos envolve na seqüência de pensamentos do autor e descobrimos que se o que aquelas pessoas estavam fazendo não era de proveito na relação de aceitação com o Pai, então de fato precisamos reconsiderar algumas coisas.
Olhe pra o texto e veja que realmente precisamos reconsiderar algumas coisas:

 Minha justiça não é exatamente como eu penso
“...Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu,  quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.” (Filipenses 3:4 RA)

O que Paulo está dizendo é: se fosse por obras eu as teria em sobra para comprovar o meu status na carne. Acontece que não é exatamente como pensamos. Nada que fazemos nada que somos que defendemos que pensamos ou que nos baseamos pode nos beneficiar nem tornar-nos aceitos por Deus.

Minha justiça não me dá acesso a Deus
“ porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.” (Filipenses 3:3 RA)

De acordo com o texto não são os que fazem boas obras, vivem de acordo com um padrão supostamente correto ou defendem determinado ponto de vista que são de fato aqueles que têm relacionamento com Deus. Porque que a nossa justiça não acessa a Deus? Sabe por quê? Porque em nossa justiça, na justiça da carne não conseguimos adorar a Deus da forma como ele deve ser adorado. Só o Espírito pode nos conduzir nesse processo de adoração. Vejam que Paulo diz; nós que adoramos a Deus no Espírito, ou por intermédio do Espírito, sob a direção do Espírito, sob o mover e a atuação do Espírito Santo. “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” (Tito 3:5 RA)

Minha justiça é totalmente dispensável
“mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.” 
(Filipenses 3:7 RA)

Como assim? Quer dizer então que tudo o que eu conquistei tudo que eu fiz, tudo o que esforçadamente tenho tentado ser de nada serve para Deus? Exatamente. Segundo a Palavra de Deus a nossa justiça é como trapos de imundície. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento nos arrebatam (Isaías 64:6).
Veja o que diz outros textos.
“E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras:” (Romanos 4:6 RA)

“Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do espírito santo,” (Tito 3:5 RA)

Se for assim, então devemos passar a considerar algumas coisas:

A justiça de Cristo supera qualquer ganho
“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3:8 RA)

Sem sombra de dúvidas a justiça de Cristo é muito superior. É incomparável. Conhecê-lo e dele receber como imputação sua justiça é a sublimidade do conhecimento. É o supra-sumo do saber. É a verdadeira sabedoria. Por ele vale à pena abrir mão de tudo que consideramos como bom e querido em nós. Por Cristo vale à pena considerar o meu bom comportamento, o meu desapego a vícios, o meu respeito pelos outros e até a minha suposta honestidade, ética e verdade como refugo.

A justiça de Cristo é a justiça de Deus
“E ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;” (Filipenses 3:9 RA)

Se a justiça de Cristo é a justiça de Deus (e ela é) então ela por si só basta. Nada me faltará no processo de ser aceito por Deus. Pois, em mim estará a própria justiça de Deus. Exatamente o que ele exige para me aceitar. A justiça de Cristo não depende da minha justiça. O sacrifício de Cristo é suficiente para tornar-me justo diante de Deus.

A justiça de Cristo me faz parecido com ele
 “Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;” (Filipenses 3:10 RA)

A sublimidade do conhecimento de Cristo está em conhecer o poder da sua ressurreição, Como e por que a morte não foi capaz de retê-lo? “É muito mais que conhecimento através da informação; ser avisado através da leitura ou através de alguém. É mais um conhecimento que vem pela observação, pelo estudo, pela pesquisa, ou conversa. Um conhecimento interior. A idéia é a de um “conhecimento total”. E é esse o sentido que Paulo está usando aqui: “para que eu possa ter ou ganhar mais do conhecimento dele”; é uma experiência pessoal, através de uma relação pessoal, de vida, de um relacionamento em primeira mão com ele. isto remove qualquer coisa do terreno da mera teoria, do intelecto, do ouvir dizer. é o resultado e o efeito da ação do Espírito Santo que está dentro de nós.” T. austin-sparks

Também está em participar dos seus sofrimentos. Eu me pareço com Jesus à medida que participo também dos seus sofrimentos. Quando sou perseguido, injuriado, caluniado, odiado, rejeitado, perseguido etc.. “há sofrimentos de Cristo nos quais temos que experimentar junto com ele. nós também, por causa dele, podemos ser desprezados e rejeitados pelos homens. podemos ser desacreditados, banidos, perseguidos, ridicularizados, torturados, e até mesmo mortos. Paulo fala do resto das aflições de cristo que ele estava procurando completar, “por causa do seu corpo, que é a igreja”. esta é outra área, que é diferente. Paulo olhou para isto como sendo uma honra e algo do qual devia se regozijar, porque era por causa daquele a quem ele amava tão profundamente. Mas ele também viu que este sofrimento “com” e “por causa” de Cristo colocava a base para se conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição” 
T. austin-sparks

E por fim eu me pareço com ele quando assim como ele morro para o mundo, para as coisas da carne. Aquela morte significou o fim do “velho homem”, uma crucificação dos desejos e da mente mundana; um fechar de porta para todo o sistema que não está centrado em Cristo, e que não é governado por ele. T. austin-sparks

Entendendo que minha justiça não é exatamente como penso, que ela não me dá acesso a Deus e que é totalmente dispensável, tenho então subsídio suficiente para entender que dependo de outro que possa ter todas as qualificações que não tenho para acessar a Deus. Isto posto, preciso rever meus conceitos, considerando tudo que tenho e sou como nada diante das exigências do Pai. Preciso também considerar que a justiça de Cristo supera qualquer lucro, que ela é a própria justiça de Deus e ainda, ela me torna parecido com Cristo, motivo pelo qual por meio da fé nele, sou aceitável diante de Deus.

PARA REFLETIR E PRATICAR
Três perguntas:
Você tem confiado em suas obras?
Você tem tentado acessar a Deus por meio delas?
Você as considera indispensáveis e por isso não abre mão delas?

Três conselhos:
Fique com a justiça de Cristo, ela com certeza é muito melhor.
Receba-a entendendo que só a justiça de Cristo cumpre as exigências de Deus
Permita que o Espírito Santo de Deus te faça parecido com Cristo te conformando a ele em seus sofrimentos e em sua morte.


Abimael Roma